sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Mensagem de ANO NOVO

Aos que me acompanham através do blog dulcelimaescreve, deixo esta pequena mensagem e o meu abraço deAno Novo. Não conheço acróstico feito com números, mas, pelo poder da poesia, o voo sempre é mais alto e a liberdade maior...  Que o  mestre Dedé Monteiro  faça aqui a minha defesa em versos que só ele sabe explicar:

2 abraços te deixo neste dia,
0 de tristezas. E viva a  Paz!
1 cestão de esperança e de harmonia,
1 feliz Ano Novo e muito mais!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010


Noite poética!
Natal de versos, paz e emoção!
 “3º PAJEÚ EM POESIA!”

Na noite de 25 de dezembro aconteceu o “3º PAJEÚ EM POESIA”, no espaço “Beto Show”, em Afogados da Ingazeira. O evento foi organizado pelo poeta Alexandre Morais com a brilhante participação do músico e artista Edierk que abriu  com o seu violão as homenagens ao poeta Dedé Monteiro . No palco, o grande painel de Edierk mostrava toda a exuberância da arte sertaneja sem nada dever aos artistas de outras regiões.
Logo cedo, os tabirenses, componentes da APPTA  e familiares de Dedé quase que lotaram  o referido espaço. Muitos afogadenses e admiradores da poesia de Dedé se fizeram presentes nesse Natal de poesia , aqui no sertão.
O vídeo-homenagem ao poeta Dedé Monteiro foi um dos emocionantes destaques da noite, tendo como ator exclusivo o seu neto  que soube muito bem passar a história de vida do avô , poeta tabirense e  autor do famoso  e premiado poema “ As Quatro Velas”.
Muitos poetas e declamadores se apresentaram no palco como reconhecimento à capacidade  poética,  humana  e social  do homenageado, bem como  souberam engrandecer culturalmente  a noite de 25 de dezembro ,no Sertão do Pajeú.
É mesmo... O sertão faz história pela beleza apaixonada que sai da alma do seu povo. Ou pelo som cadenciado que faz vibrar as violas do repente. Parabéns, Alexandre,  pela idéia e programação.
Dedé, o poeta homenageado,  agradeceu a todos  com seu jeito simples e nos emocionou ao recitar o poema  “Papai Noel de Casa”.
Se eram três os repentistas ( Dió, João Paraibano  e Sebastião Dias) três também eram os Reis  Magos  seguindo a estrela do Natal. Assim, fiquemos com as duas imagens:  dos três poetas seguindo a estrela do Repente numa Belém de versos encantadores. Do s Reis Magos à procura de um “Menino” sob os raios de uma estrela  no céu de Belém.


 
Dulce Lima, Tabira Pe
28/12/2010


segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A FLOR DO NATAL

 mais de dez anos, precisamente na semana dos festejos natalinos, acompanho a história de uma bela   e surpreendente flor  da qual nada sei; até mesmo o seu nome me é desconhecido. Para mim, ela é a flor “Simplicidade”. Não a vejo nos elegantes ramalhetes festivos ou na tristeza das grinaldas mortuárias.  Também não está nos jarros de cristal ou nas guirlandas de Natal que nos convidam para adentrar a casa dos amigos.
Algúem  já me disse  que esta é a “Flor do Natal”. E é obvio, pois só nessa época ela aparece. Quando há uma divergência de data, é pequena; não vai além de uma semana.

Procurei retratá-la durante três dias, só pensando em dividir com vocês esta emoção numa época em que o mundo tanto necessita de mais espiritualidade  e menos artificialismos.
1º passo: Só terra rachada.  A flor desaparece. Caule e folhas, também. Apenas  o “bulbo” permanece escondido nos mistérios insondáveis do solo  que o protege das  precariedades da natureza.

2º passo:Esquecida, substituída ou ameaçada por outras árvores, na semana do Natal, a flor rasga o solo e se prepara para o advento de beleza e santidade  cantadas  pelos sinos de Belém.  

3º passo: No dia seguinte, às primeiras horas da manhã, suas pétalas se espreguiçam e explodem em lindos  tentáculos de cores avermelhadas... então, é Véspera de Natal!

4º passo: Agora, em plena maturidade,a flor é pura beleza. Sua forma arredondada  assemelha-se a uma  grande bola de Natal. Ou quem sabe?... Talvez queira simbolizar a grandeza do mundo nas mãos santas de um menino em uma manjedoura no dia de Natal .


Fiquem certos de que a flor existe e persiste embora muitos olhos não a vejam.
E aí me vem a lembrança daquela famosa frase do livro “O pequeno Príncipe”: “ O essencial é invisível para os olhos”.

Tabira 25/12/2010
Dulce Lima

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Agradecimentos pelos comentários do dulcelimaescreveblogspot.com

Mariana e Mirna, fico muito feliz com os comentários de vocês. O escritor sempre escreve pensando num possível leitor. No Natal, espero abraçá-las com muito carinho. Beijos maternos.

Kidd Gargamel, que boa surpresa.! O bolo solidário do Natal é seu também. Vamos saborear fatias de paz e de muita harmonia no próximo ano. Grata pela leitura do meu blog. Abraços.

Oi, Corredora Pernambucana: Adorei ter em você uma seguidora do meu blog. Assim eu fico orgulhosa...
Gostei de saber que é amiga de Mariana, minha filha. Se eu tivesse nascido nessa época de vocês, com certeza, eu seria uma corredora sertaneja, pajeuzeira e pernambucana. Mas eu me contento vendo o entusiasmo dos corredores e a alegria estampada no rosto de quem cruza  mais uma vez os portões de "Chegada". Feliz Natal. Sucesso em 2011.

Livoneide: Parabéns pelo 3º lugar no concurso em Patos PB. Obrigada pelos  inteligentes comentários.
Seja feliz em sua nova missão. Você merece.

Queridos leitores do blog dulcelimaescreve
Quando escrevo,  penso em vocês. Se agradei, devo ao leitor que me incentiva a escrever sempre mais. Se não emocionei e nem toquei as consciências, perdão.  Em 2011 tentarei reformular as idéias.

Que o Natal tenha o brilho da estrela de Belém!
E o Ano Novo seja de grandes realizações.

Aos tabirenses ausentes e que me acompanham através deste blog, desejo felicidades ;  e que venham matar as saudades da nossa terrinha.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Bolo Solidário do Natal em Tabira

Bolo Solidário do Natal em Tabira


Separe um pouco das expectativas do mês de janeiro.
Triture uma porção cultural do frevo pernambucano em fevereiro.
Passe pela peneira , bem devagar, a esperança de chuvas no mês de março.
Para que o bolo fique com um sabor especial, salpique pitadas de fé da paixão de Cristo no mês de abril ,  e essência das flores nas novenas do mês de maio.
Por último, adicione a massa saborosa das comidas do S. João no mês de junho e deixe descansar um pouco até ficar com a consistência  das tardes frias do mês de julho.Não esqueça de acrescentar o fermento alegre dos festejos a Nossa Padroeira, na 2ª quinzena de agosto.
Coloque os ingredientes juntos numa forma untada com o lirismo dos tabirenses na Missa do Poeta em setembro,  e asse o bolo numa temperatura  média igual ao calor do  mês de outubro. Ao chegar à temperatura do mês de novembro, retire o bolo do forno antes que  fique tostado.
Derrame como cobertura, o gostoso glacê branco da Paz Natalina que é desejo de todos nós, no mês de dezembro.
Agora, fatie o bolo e o distribua com todos aqueles que lutam por um mundo mais solidário. Com justiça, humildade, harmonia e compreensão.
Um Natal sem fome e sem violência, com votos de sucesso e de muitas alegrias no  ANO NOVO.


Dulce Lima
Tabira, 10/12/2010


sexta-feira, 26 de novembro de 2010





“ Eu quero a paz de crianças dormindo,
E a ternura de mãos se encontrando.”
                                                                ( Dolores Duran)


Não quero a paz de crianças dormindo,
Trapinhos de gente e o corpo encolhido,
Sobre as calçadas do Grande Recife.


Não quero a paz de crianças em bando,
Cheira-colas da Rua José de Alencar.
Espantalhos mirins, estrelas sem brilho,
No caos urbano do meu Capibaribe.

                       Hoje

Eu quero a PAZ daquelas crianças
Que vi numa creche do Bairro dos Coelhos,
Mãozinhas a se unirem em longos abraços,
Afastando carências, abrindo horizontes!

                      Hoje

Eu quero a PAZ que pensa no outro,
A PAZ que abraça em nome de Deus.
As crianças felizes em seus lares,
E o nosso país bem longe das guerras.

É desta PAZ que o mundo precisa,
É  desta PAZ que eu sou voluntária,
“Pela ternura de mãos se encontrando!”


                                                                     Manuela Santana














                                                             

                                
         As quatro fontes da poesia pernambucana
Quatro fontes um dia conversavam,
Cascatas de versos e tudo mais.
A primeira diz: Eu sou LITORAL,
Poema escrito na beira do mar.

A segunda completa: Eu sou a MATA
Que acorda o trem de Ascenso Ferreira.
Que chora e ri da ”morte severina”
Nas ondas verdes dos canaviais.

A terceira proclama: Eu sou AGRESTE,
Polo das Artes, sou Caruaru.
Meus braços parecem duas estrofes
No livro aberto das xilogravuras.

A quarta altaneira: Eu sou o SERTÃO,
Sou Pajeú, minha fonte não seca...
Menestrel da viola, sou poeta
Que faz do verso um estilo de vida;
Que jorra cordel, toada e repente
No ventre fecundo das quatro fontes.
          Dulce Lima                  (Poema baseado no soneto “As quatro velas”, do poeta Dedé Monteiro)


domingo, 14 de novembro de 2010

Mote: Nosso pão é POESIA / Recheado de emoção! ( Nos 10 anos da APPTA)

Juntei numa só pintura,
O céu de manto azulado.
Num cordel todo enfeitado,
O nome escrito: VENTURA.
Esqueci toda amargura
Na sacola do perdão.
E abri meu coração
Pra dizer em Cantoria,
Nosso pão é poesia
Recheado de emoção!

E tudo começou pelas cantorias

          O ano não fora bom de inverno. O sol escaldante sugava as últimas gotas d'água e desenhava estranhos arabescos na lama escura dos açudes. Os pássaros desistiam dos ninhos. A palma esmorecia e o capim ressecado virava poeira  que era levada em redemoinhos pela ventania do mês de agosto.

          "Seu" Joaquim, morador do Sítio Esperança -  bem próximo ao paredão da Serra da Borborema -  longe de desanimar, e de acordo com a companheira, convidou uma dupla de violeiros  e chamou toda a visinhança.

          Pouco importava o desconforto da pequena sala  no chão de terra batida. A insignificante colheita, as promessas não cumpridas dos políticos locais, as contas na caderneta... tudo parecia esquecido: o que contava, mesmo, naquela "vida severina",  era tão somente a POESIA que saltava da alma acesa da caatinga, criando e recriando imagens naquele espaço árido mas pleno de ternura na voz e nos versos dos dois menestréis do sertão. Dois heróis que na batalha do "Repente" são  capazes de rasgar as entranhas de nossa própria história sem nada  dever aos grandes intelectuais da literatura nacional.
Depois dos cumprimentos, tem início a CANTORIA. Os vates da poesia sertaneja presenteiam os ouvintes com inflamantes sextilhas  e suaves galopes à beira-mar num dilúvio de estrofes cheias de humor, genialidade e sabedoria que transformam o NORDESTE, "com muito orgulho", na maior Academia de Arte e Cultura Popular do Brasil.
          Naqueles instantes mágicos, de desapego material, a POESIA  assume sua verdadeira  e sublime  identidade: VIDA.
         A Cantoria vai noite a dentro...é servido um cafezinho enquanto a bandeja colocada no meio da sala recebe o agrado espontâneo da platéia aos poetas do improviso que se despedem com versos de agradecimentos e avisos de novas  cantorias por esse sertão onde a Poesia  nasce, faça chuva ou faça sol.
          O tempo se  esvai...
          Avança a urbanização.
          Um bom inverno pode acontecer.
          A "seca anunciada" será novamente esquecida; mas a magia daquela noite,  a Cantoria na casa de "Seu"  Joaquim,   permanecerá além do tempo, dos valores sociais e da modernidade pela grandeza humilde dos cantadores e encantadores da viola.

Dulce Lima
APPTA, Tabira, setembro de 2006

domingo, 7 de novembro de 2010

Maratona de Toronto e viagem a Nova York

17/10/2010 ( domingo )
Dia de Maratona e de mais surpresas. O dia estava frio, o que era bom para os corredores. Fomos esperar os participantes dentro de um parque que oferecia um bom apoio para admiradores e corredores. Julinho fez um tempo de 3,48h. Logo em seguida chegaram as nossas atletas Jaque e Marinês; esta última completou a corrida acompanhada do esposo Bilu e  de suas duas filhas. Foram motivos de emoção para todos nós pernambucanos. A outra corredora Geovana já havia terminado com sucesso a sua meia- maratona.


18/10/2010
Odia foi de passeio, algumas compras e arrumação de bagagens para a nossa viagem a Nova York.Aqui também nos despedimos dos amigos pernambucanos que continuariam o passeio para Orlando.

10/19/2010
Estamos já em Nova York. Cidade frenética, grande, barulhenta, diferente de tudo o que vimos nos dias anteriores.Ficamos hospedados em um hotel na 7ª Avenida, rua 33, não muito distante do Empire State Buildings. Gostei  muito da cidade. À noite, as calçadas fervem de gente comprando ou se divertindo. As fachadas  das lojas faiscam de luzes e imagens. È grande o apelo para o consumo.  E o melhor de tudo é
que há segurança, mesmo numa metrópole de  grande importância  como é Nova York. Christianne soube ser companheira e incentivadora das grandes e intermináveis caminhadas. Serei sempre grata.




20/10/2010
Fizemos hoje um city-tour e conhecemos entre outros pontos turísticos: A Catedral de S. João, O Divino, (ainda não concluída), a casa de Madona, o prédio mais alto do mundo até 1909, a Estátua da Liberdade, as Torres Gêmeas e o Museu Metropolitano de Nova York, o 4º maior do mundo.
Realizamos também um passeio de barco durante 3h pelo Rio Hudson, ao redor da Ilha de Marathan. Impressionante pela beleza das inúmeras pontes, edifícios históricos e pela emoção de ver e fotografar de perto a Estátua da Liberdade.




Não podíamos deixar a cidade sem conhecer o metrô de Nova York.  Descemos na estação proxima às Torres Gêmeas, onde visitamos o Memorial em homenagem  aos "heróis de 11 de setembro". Foi um momento de reflexão. O silêncio falava mais do que um carrilhão de palavras.

21 e 22/10/2010
Compras   e fechamento das malas. Encerrava-se  nosso inesquecível passeio de 16 dias pelos Estados Unidos e Canadá. Muitas graças a Deus por tudo de bom que nos aconteceu. Toda viagem é um sonho que vira cultura, aprendizagem, lazer  e mais vontade de continuar viajando.Afinal, se nossa vida aqui na terra também é uma viagem,  por que ficar parado?...

23/10/2010
Retorno ao Recife com conexão em S. Paulo. Chegada pela madrugada de 24/10/2010.

Niagara Fals Toronto Canadá

 16/10/2010Ainda em Toronto, nosso passeio hoje foi as Cataratas de Níágara . A diferença é que as cataratas de Foz do Iguaçu, No Brasil,  são  mais bonitas pela extensão e volume d'água, enquanto Níagara tem mais estrutura para atrair os turistas, além do belo e florido  Queen Victoria Park.
Do skylon Tower que é um posto de observação foi possível ver a mais alta e bela vista das Cataratas do Niágara pelo lado canadense.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Conhecendo Toronto

Hoje, 15 de outubro fomos conhecer o centro comercial de Toronto. Como estava frio e ventava muito, a solução foi fazer  rápidas compras na cidade subterrânea. À tarde, fomos de " ferry boat" partindo de Queens Qway pelo Lago Ontário até a Ward Island, uma ilha de Toronto. O percurso é lindo apesar da baixa temperatura. È um cenário ainda não visto desde que saímos do Brasil; e assim, encantados,percorremos uma  parte da ilha que é habitada.As casinhas são lindas, parecem paisagens só vistas nos antigos cartões de Natal. Tudo respira beleza, calma, quietude. E as árvores? Um espetáculo da natureza. Já era outono, e as plantas se desnudavam das folhas para a chegada do inverno. Que frio! O cafezinho foi a salvação.

Viajando de trem pelo Canadá

14/10/2010
Estamos no trem, destino Toronto, província de Ontário, Canadá.
O dia transcorreu tranquilo. Belas paisagens, conversa animada. Os pernambucanos aproveitam as emoções de uma viagem diferente, num pais de primeiro mundo.
Foram cinco horas de viagem mas ninguém parecia cansado; e todos ficaríamos no mesmo hotel. Com as piadas engraçadas de Jaqueline (de Manoel) quem se enfadaria?

Toronto é uma cidade bastante fria. Levando-se em conta que somos de um país tropical, imaginem o frio que eu sentia, principalmente à noite. Durante o dia  sol  aparecia,  mas não espantava o frio. Dessa vez não me lamentei por ter levado na bagagem o sobretudo. Conforme programação da turma, saímos para um jantar num lugar especial. Um sonho. Um show de cenário noturno. Emoção nas nuvens:  CN TOWER.
A CN TOWER é uma torre turística e de comunicações. Tem 553,33m de altura, o equivalente a um prédio de 148 andares.É a 2ª torre mais alta do mundo e o principal cartão postal de Toronto. Sua escada é a
 mais longa do mundo com 1776 degraus

. Opera com seis elevadores( graças a Deus). Foi considerada uma das sete maravilhas do mundo pela Associação americana de Engenheiros Civis.
O restaurante é lindo, chique e seu teto de vidro se movimenta em 360 graus. Tudo gira lentamente, inclusive os clientes. O cardápio é excelente e a paisagem é de tirar o fôlego.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Breve passagem por OTTAWA



OTTAWA, capital do Canadá, é a 4ª maior cidade da Província de Ontário; fronteira com Quebec, às margens do Rio Ottawa. È também a 7ª capital de país mais fria do mundo em temperatura média anual, conforme informações coletadas na "Wikipedia, a enciclopédia livre".
Foi gratificante a nossa passagem por Ottawa; uma cidade bonita e pacata; mas é um lugar para ser visitado como complemento de um passeio àquela região do Canadá, e não um destino turístico principal.

Tudo em Ottawa gira em torno do " Parliament Hill," cujo ponto mais visível ´é a sua torre, nitidamente inspirada no Big- Ben de Londres. Além de subir na Torre da Paz ( Tower Peace) e conseguirmos ver a beleza aconchegante dessa cidade canadense, visitamos também o "War Memorial, um dos pontos  presentes em todos os roteiros tur´sticos da cidade. Foi construído em homenagem aos mortos da 1ª Guerra Mundial,  depois dedicado a todos os canadenses\que pereceram em \\todas as guerras.

Nota-se que o padrão  de vida é alto, não há violência, nem desabrigados
O Canadá.
A natureza exuberante.
A qualidade de vida, E um povo muito amigável, fazendo do país uma atração especial.



 




domingo, 31 de outubro de 2010

CHEGADA A MONTREAL(CANADÁ)


12/10 CHEGADA A MONTREAL
Chegamos pela madrugada no aeroporto de Montreal. Estávamos no Canadá e o clima já mostrava anúncios de muito frio.
Conhecida como a cidade dos santos, Montreal possui  inúmeras igrejas e basílicas, entre elas a Basílica de Notre Dame de Montreal. O idioma mais falado é o francês. O dólar canadense não faz muita diferença do dólar americano e as lojas fazem a transação comercial tranquilamente e sem prejuizos para o cliente.
Montreal é a maior cidade da província canadense de Quebec, a 2ª mais populosa  cidade francófona do mundo e o 3º maior pólo turístico do Canadá, atrás de Vancouver e Toronto.
Bom mesmo é a sopa que esquenta. O vinho também.

13/10
Hoje o dia foi bem movimentado. Passeio  e compras na cidade pela manhã. À tarde, city-tour, e à noite fomos a um evento religioso  na Basílica de Notre Dame de Montreal que é um monumento  também histórico  que registra os primeiros passos da fundação de Montreal. É linda, rica, majestosa.Por dentro,  mais bonita que a Notre Dame de Paris, embora a de Paris seja mais imponente e mais bonita por fora.
As árvores, as folhas, os parques, o outono com cair das folhas... tudo é um deslumbramento!
Conhecemos um pouquinho a cidade subterrânea onde está localizado o maior Shoping Center subterrâneo do mundo com 1600 lojas.
O Estádio Olímpico possui a maior torre inclinada do  mundo com 170 m de altura.
Encerramos a noite com um bom vinho num restaurante bem simpático ; e para surpresa nossa fomos atendidos por uma nordestina da Bahia que estava trabalhando em Montreal.
Apesar do clima frio, Montreal é uma cidade bonita, florida, humana; onde tudo parece funcionar bem.
Desde o transporte público,Educação,  segurança e serviços essenciais, Montreal  pode servir de exemplo a muitos lugares ,  do mundo, pois não há miséria, praticamente nenhuma violência; e é uma  que dá chances a todos desde que estejam  dispostos a trabalhar e respeitar suas leis.
Há uma frase muito freqüente nessa região do país, presente até na placa dos automóveis que diz:  Quebec, Montreal, jê me souviens, que significa: Quebec, Montral. Eu me lembro
É impossível  não recordar MONTREAL.



sexta-feira, 29 de outubro de 2010

VIAGEM A CHICAGO


Chicago, a cidade dos ventos

Iniciamos a nossa tão sonhada viagem a Chicago em 07/10/2010. Fizemos o seguinte roteiro: Recife/ S Paulo/ Chicago, capital do estado americano de Illinois, gastando um total  de 14 horas de viagem.
Nosso objetivo inicial era participar mais uma vez da grande emoção  que é torcer pelos maratonistas pernambucanos fora do país.
Júlinho, Jaqueline e Marinês representavam a ACORJA com grandes expectativas e muita ansiedade. Todos nós, corredores e incentivadores incluindo os amigos Edilson  a outra  Jaqueline, a nora Christianne e Germana que ia pra meia maratona ,  aguardávamos a chegada de mais um maratonista - Paulo Picanha para a alegria ser completa. Mas, assim não aconteceu, pois ele foi acidentado em Orlando e passou vários dias na UTI, em situação crítica. Os maratonistas perderam grande parte do entusiasmo. Era visível a tristeza de todos.

Dia 10/10/10   33ªMARATONA DE CHICAGO
Saímos às 6,30 da manhâ. Não fazia frio e o sol prometia ser  o campeão nº 01 do grande evento que é a MARATONA DE CHICAGO, uma das cinco mais importantes do mundo. De fato, o dia ensolarado emprestou um colorido especial aos milhares de atletas que se encaminhavam para mais uma maratona- o esporte que une corredores do mundo inteiro numa fantástica comemoração pelos índices alcançados ou simplesmente pela superação dos seus próprios limites.
A festa é incrível: Pessoas portam bandeiras, filmam,  fotografam. Outros se acotovelam para ver melhor a passagem dos atletas. Algúem passa vestido de TORRE EIFFEL, em me distraio e Julinho passa sem tempo para uma foto. Mesmo assim eu penso: Tabira passa por mim...
O sol se espalha todo e me traz a lembrança do nosso querido sertão. Um corredor de mais idade  tenta atravessar a linha de chegada, mas as pernas fraquejam. A polícia somente olha e aguarda a decisão do atleta, até que uma jovem corredora passa os braços pela cintura do maratonista  e os dois bastante aplaudidos completam a corrida com muito orgulho.
Aguardamos Julinho e logo após os outros acorjianos que concluiram com sucesso mais uma maratona nos seus currículos. Não houve a costumeira comemoração com uma cervejinha. Todos nós sentíamos falta  do amigo  e  entusiasta Paulo Picanha. Para ele, o carinho das nossas preces para uma breve recuperação.

Visitamos o FIELD MUSEUM, o MILLENNIUM PARK, o Museu astronômico e o Navy Pier que é um grande e belo parque com roda gigante e muitas  outras atrações. De lá, saímos para um maravilhoso passeio de barco no Lago Michigan.
Conhecemos ainda o observatório de Chicago de 96 andares que embora não seja o edifício mais alto do mundo , é o que tem a melhor vista de Chicago em 360 graus.
A arquitetura de Chicago é a mais influente do país, bem como uma das mais importantes do mundo. É pioneira na construção de grandes arranha -céus com esqueleto central de aço.
Sempre fui mais ao lado da beleza natural; mas confesso que fiquei encantada com a beleza criada pelos arquitetos de Chicago, a cidade onde o futuro já é presente.





Resultados oficiais
 
Tempo líquido: 03:44:45

Classificação geral: 5113 / 35635

Classificação na faixa etária: 669 / 3185

Classificação no gênero: 4039 / 19729

sábado, 2 de outubro de 2010

A visão de um arco-íris

A visão de um arco-íris
No céu esgarçado de um novo verão,
Bordando as nuvens delicadamente,
Um arco-íris, que bela visão!
Olha pra mim mas não diz o que sente!
Da serra escorre mais brilho no chão...
Porém tudo se vai tão de repente,
Que o arco de luz apaga o clarão
Enquanto eu te faço um verso... somente!
                     Dulce Lima  ( Viagem Recife  - Tabira, em 24/09/2010)

O arco íris é um fenômeno que só a natureza pode nos proporcionar, são imagens lindíssimas que chamam a atenção de todos, mas que só acontecem quando o tempo está chuvoso e ao mesmo tempo com sol, pois o arco íris na verdade se forma quando o sol brilha sobre as gotas de chuva.

As cores formadas por este fenômeno são: Vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta. Quando olhamos para um arco íris muitas vezes não conseguimos enxergar todas estas cores, isso porque as cores se misturam umas nas outras e ficando em evidência apenas as cores mais fortes. Veja nas imagens abaixo como são lindos!





 
Sábado , 25 de Setembro de 2010

O RISO DE UMA BONECA


Hoje, num velho baú,
prisioneiro de lembranças,
encontrei minha boneca.
Sem braços,pernas quebradas,
corpinho todo arranhado;
na cabeça grandes sulcos
iam de um lado pra outro.
Vestido roto, sem graça,
mostrando que o tempo passa,
e ao passar leva tudo
até mesmo uma boneca.

Só uma coisa não mudou
no rostinho cor de rosa
daquela linda boneca
que acompanhou minha infância:
foi o riso sem mistério,
moldado no celulóide,
hoje, brinquedo de plástico,
grande invento que surgiu
há quantos anos?...não sei,
pra contentar quem não tinha
ricas bonecas de louça.

Numa barraca de festa
plantada no meio da praça,
bem exposto lá estava
Tão desejado brinquedo...
“ Compra mãe, eu já cresci
mas mesmo assim nunca tive
boneca sem ser de pano.”
E minha mãe só carinho,
renúncia , bondade e amor,
atendeu sem mais delongas
meu insistente pedido.

Aquela boneca foi
companheira e confidente
no aconchego feliz
de quem soube ser criança.
Mas o tempo, infelizmente,
na sanha de tudo levar,
arrancou das minhas mãos
o que sobrou do brinquedo
e fez dele mil pedaços.
Só não apagou o riso
da minha linda boneca.

Quem dera um minuto apenas
pra no tempo retornar,
vestir a minha menina
do colorido dos sonhos,
sem esquecer na cabeça
um chapéu feito de nuvens.
Nos seus cabelos de anjo,
fitas da cor do luar...
Dormir abraçada a ela
e acordar vendo o sorriso
da minha eterna boneca.
                            
Dulce Lima
Tabira, Dezembro de 2003

Saudade, Você sabe onde ela mora?



Talvez seja a SAUDADE, entre tantos substantivos abstratos, a palavra mais usado no vocabulário dos poetas, tanto pela facilidade da rima quanto pela carga de sentimentos que traduz.
 Os gramáticos que me perdoem... Para mim ela não é abstrata; pois existe, maltrata, fere e prolonga os sofrimentos. E.. coisa curiosa: Jamais ouvi alguém falar sobre o enterro da SAUDADE.

Etmologicamente falando, o vocábulo SAUDADE é de origem exclusiva da LÍNGUA PORTUGUESA e sem tradução em outro idioma falado em nosso planeta. Vem de “ SOLUS” que significa “sozinho”, acompanhando as diversas transformações lingüísticas, até chegar ao termo definitivo; SAUDADE.

No BRASIL esta palavra tomou uma conotação especial pela mistura de três raças:
A BRANCA que nos trouxe de PORTUGAL o sentimento da pátria distante, muito além do mar.
A NEGRA que transportou da AFRICA o lamento da escravidão nos porões dos navios negreiros.
A INDÌGENA que nos legou o sentimento de liberdade e o amor á natureza.
E no caldeirão destas três raças a SAUDADE se estabeleceu no coração dos brasileiros .

SAUDADE não é tristeza, mas a tristeza veio morar perto dela.
Não é amor , mas qual o amor que não sente SAUDADE ?
Não é todo tempo, mas todo instante resgatado dos escombros de um adeus.

E  a casa da SAUDADE? Você sabe onde ela mora?
Se essa casa existe , tem com certeza o chão de um bem querer sofrido, e alicerces escavados nas paredes do coração.
Querendo conhece-la, abra as portas e janelas do seu coração. Porém ... cuidado! Ela pode arruinar todos os seus momentos de amor bem vividos.
Se não quiser mais sofrer , ausente-se daquela casa, deixe para trás seu carrossel de ilusões antes que seja tarde demais.

Ninguém melhor do que o poeta e repentista Pinto do Monteiro quando define a SAUDADE através de uma sextilha rica de conteúdo e de significação humana:

“Esta palavra SAUDADE
Conheço desde criança.
SAUDADE de amor ausente
Não é SAUDADE
É lembrança.
SAUDADE só é SAUDADE
Quando morre a esperança”

Sexta-feira , 27 de Agosto de 2010

Um tijolo de lembranças

Amolda-se o barro nas mãos do oleiro. Depois de domado e maleável, acomoda-se ao contorno de uma forma para o feitio dos tijolos.
Após o sol fazer a sua parte, é o tijolo queimado vivo para ressurgir não como cinzas, porém como sustentáculo no encaixe e arquitetura das paredes,  nas mãos caprichosas do pedreiro.
Assim estaria explicada toda a importância do tijolo na construção de uma casa ou de qualquer edifício público.
Acontece que hoje estou falando de algo especial: “um tijolo de lembranças...”
Quantos anos ele tem?
Talvez mais de um centenário.
Triste ao ver no chão aquela casa bem no meio da ladeira, logo após o sítio de Seu João Tecedor, guardei um tijolo de lembrança. E que lembrança!
TIO DIGU, sábio, de voz agradável  e de riqueza vocabular, contava histórias de “trancoso”  para crianças que, como eu, ficavam encantadas  com o mundo mágico criado pelas palavras daquele velho e autêntico agricultor sertanejo.
Se a casa não mais existe, se os tijolos se espalharam pelo antigo terreiro, se a palavra do meu tio o vendaval do tempo apagou do nosso imaginário, posso ainda dizer como um certo poeta disse: “ POVOA EM CADA CANTO UMA SAUDADE”.
O tijolo agora já  não ergue uma pequena parede; mas, para nós da família Pereira,ele é um paredão de lembranças com janelas para um passado feliz e cheio de recordações.
            Faço esta homenagem ao querido Tio Digu (Tio De todos) , meu professor  especial,  grande arquiteto da palavra. E aos primos e amigos que preservam no coração a saudade do sítio Pocinhos.

Tabira, 15/08/1997 e reescrito em 15/08//2010 ( 13 anos depois)

TEU ADEUS


Na viagem além dos sonhos,
Inda vejo as tuas mãos,
Asas de pássaro ferido
Acenando em despedida...
Triste tarde de um adeus
Sem promessas de retorno...
Só o murmúrio das ondas
Vem suave me lembrar
Que as marteladas da vida
São sargaços rastejantes,
Amordaçando a saudade
De quem vai
Ou de quem fica!
E a tarde
Que magoada
Esmorece
No horizonte,
Recolhe a tenda das horas,
Fecha o palco vespertino
E anoitece com a tristeza
De tuas mãos acenando!

(Mensagem feita pela morte da querida Aline Jucá em 1998)
 Tabira, 11/08/2010