sábado, 2 de outubro de 2010

UM SAPOTI NO SERTÃO

Tabira, 5 de agosto de 2010


 
Na concha da minha mão,
Uma fruta, o sapoti...
Quantos anos esperei?
Quantos verões castigaram
Ressecando o nosso chão?
Mas não boto a culpa em ti,
Teu berço é longe daqui...
Perdoa se te fiz mal;
Pois tu és tão suculento,
Tão doce, tão perfumado,
Que eu te trouxe pro sertão
Sem medir as conseqüências.

Um dia, junto a teu tronco,
Já cansada de esperar,
Numa prece agradeci
Pelas folhas, que beleza!
Mesmo sem frutificar.
Porem foi naquele instante,
Que eu olhei atentamente...
Chorei, sim, pela surpresa
Quando vi um sapoti
Lindo, pendendo de um galho,
Como um presente de Deus
Pelas mãos da Natureza!

Tabira, 5 de agosto de 2010

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