(Em nome dos desabrigados de Palmares PE e cidades vizinhas)
Santo chaveiro do céu,
Pedro, me salva das águas,
também das mágoas guardadas,
no cofre do coração;
pois só ele, este tesouro,
a enchente não levou.
S. Pedro, o rio desce
Por baixo das bandeirolas
De uma rua que sonhava
Festejar o S. João.
Mas na trágica correnteza,
Tudo passa, nada resta:
A lancheira,
A carroça,
O berço,
As lembranças postadas nos antigos álbuns de família.
As cartas de amor. As plantas do quintal, os bancos da praça...
Não S. Pedro, a chuva não levou tudo:
Eu fiquei, sim, para sentir o que Paulo Coelho nos diz em um dos seus livros: “Na margem do Rio Pedra eu sentei e chorei .”
Dulce Lima, Tabira 29/06/2010 ( Dia de S. Pedro)
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