Essa Pátria que me deram
Sem que eu pudesse escolher,
Vestia-se de fantasia
E dizia-se: é primazia
O fato de aqui nascer.
Eu pegava o seu mapa
Para aprender a lição:
Norte, sul, leste, oeste
E este grande Nordeste
Botava no coração.
Ora, se ela é "mãe gentl"
Vai cuidar do meu futuro...
No futuro mergulhei,
deste sonho acordei
Em completo desatino.
Que é feito do azul
Que hoje virou cinzento?
Que canto de ninar é esse
Que não é canto, é lamento?
Vamos fazer Pátria livre
Sem dever nada a ninguém.
Com a terra pra seu povo,
No Nordeste, país novo,
Sem injustiças também!
( Celeste Vidal. Livro: Metade sol, Metade sombra, pág 15, Edit. Bagaço, 1994)
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