Os Bancos da Praça Gonçalo Gomes
A Praça Gonçalo Gomes era o reduto dos jovens na década de “60”. E os bancos que a rodeavam funcionavam como peça fundamental para as conversas animadas, os namoricos, ou simplesmente para os olhares furtivos de um alguém ou o encontro com os amigos mais assíduos. Os meus poucos leitores poderão perguntar: - Por que falar do passado quando há muito o que sonhar para 2012?... Aqueles bancos, a partir das 19h, viravam atração, ponto convergente de uma juventude sem grandes problemas numa cidade que ainda não conhecia a violência. .Para onde foram eles,os bancos, levando os nossos sonhos e as primeiras preocupações de um país à beira de uma Ditadura? Enquanto rolava a paquera nos finais de semana, ouvíamos da Praça os acordes da Qrquestra OARA afinando os instrumentos no Grêmio Lítero para mais uma noite de festa ansiosamente esperada pelos tabirenses. Mas a Praça fazia parte da festa. E no meio de tantas expectativas, lá estava eu, mais parecendo um feixe de desejos e de esperanças na liquidez dos dias que passavam tão rapidamente... De tudo, tive a ventura de captar alguns momentos; esses pingos de lembranças que se espalharam na geografia de algumas crônicas ou se transformaram em pequenos poemas jamais publicados. Durante o período natalino, a praça não tinha, como hoje, essa feérica iluminação que tanto embeleza e congrega os tabirenses nesta época. Havia, no entanto,o brilho talvez de uma estrela em nossos corações. O presépio nos mostrava a simbologia do Deus-Menino na simplicidade do pequeno berço, abençoando a humanidade. Ali, tudo me encantava e me levava a repetir:”Glória a Deus nas alturas”. Mais tarde, sentada em um dos bancos da praça, eu pensava na atitude dos Reis Magos que de tão longe e por caminhos diversos, pacientemente, seguiram aquela estrela para abraçar o Menino Jesus. Nesse final de 2011 e começo de 2012, deixo o meu abraço a todos os amigos, familiares e leitores do meu Blog, desejando-lhes felicidades, sonhos e mais sonhos, paz e muita harmonia. E que a magia de um banco de praça continue sendo um poema bem guardado na vida de Todos os que continuam jovens, apesar das artimanhas da vida. Dulce Lima, 31/12/2011 |