terça-feira, 24 de maio de 2011

                                                                         Ser Tabirense

Ser Tabirense não é só nascer aqui.
Não é ter registro em cartório, família, casa, fortuna
Ou mesmo uma profissão.
Ser Tabirense é algo mais:
É amar essa gente, e nessa gente confiar.
É ver pela manhã o sol nascer, sertanejando os corações...
É ouvir à tardinha um coral de pardais
Cantando não sei pra quem...
É ver luz e sombras,
Poeta e versos
Palavras e gestos,
Promessa e paz!
E sentir, nesse jogo de idéias,
O prazer de ser, antes de tudo, TABIRENSE.
É não ver que falta o conforto das grandes cidades,
É não desejar partir quando é tão bom ficar!
É não trocar o encanto de suas ruas
Por arranha-céus que arranham mais os corações!
Ser Tabirense é estender as mãos num abraço fraterno
À grande Família, nascida aqui ou por adoção,
Presente ou ausente.
E dizer que uma TABIRA FELIZ se faz com dedicação
Respeito, trabalho, confiança e amor. Muito AMOR! (Dulce Lima)

Ser Tabirense

                                                                       

Ser Tabirense não é só nascer aqui.
Não é ter registro em cartório, família, casa, fortuna
Ou mesmo uma profissão.
Ser Tabirense é algo mais:
É amar essa gente, e nessa gente confiar.
É ver pela manhã o sol nascer, sertanejando os corações...
É ouvir à tardinha um coral de pardais
Cantando não sei pra quem...
É ver luz e sombras,
Poeta e versos
Palavras e gestos,
Promessa e paz!
E sentir, nesse jogo de idéias,
O prazer de ser, antes de tudo, TABIRENSE.
É não ver que falta o conforto das grandes cidades,
É não desejar partir quando é tão bom ficar!
É não trocar o encanto de suas ruas
Por arranha-céus que arranham mais os corações!
Ser Tabirense é estender as mãos num abraço fraterno
À grande Família, nascida aqui ou por adoção,
Presente ou ausente.
E dizer que uma TABIRA FELIZ se faz com dedicação
Respeito, trabalho, confiança e amor. Muito AMOR! (Dulce Lima)

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Pelo aniversário de TABIRA, meus parabéns!
                                Para os  amigos tabirenses, um abraço carinhoso  de Dulce Lima

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Serra dos Cavalos/ Caruaru PE


Há poucos dias em Caruaru, tive oportunidade de conhecer e de me "maravilhar" com a Serra dos Cavalos, localizada no Parque Municipal Ecológico João de Vasconcelos Sobrinho, distante cerca de 10 km da terra do grande Vitalino.

O parque abriga uma floresta de significativa diversidade, mananciais hídricos, fontes de água mineral, pequenos animais da floresta; tudo isso de vital importância para a conservação da mata atlântica, hoje tão devastada em nosso região.

O que não pude ver foi gente andando a cavalo para justificar o nome daquela serra de difícil acesso pela falta de boas estradas ou de melhor conservação das ladeiras. As motos são hoje os cavalos velozes que não comem capim, não conhecem o dono  e por isso não há vínculos de afeto, bebem gasolina, fazem muito barulho e ainda vomitam poluição. Mas...  ( ? )é o progresso.

O restaurante fica a 900m de altura, o que favorece a instalação de vários mirantes, oferecendo uma melhor visibilidade do parque e suas paisagens, bem como da cidade de Caruaru. Vale um passeio por lá.

A gastronomia é adequada à região, mas há também pratos mais sofisticados e que atendem muito bem ao paladar dos visitantes. O local é rústico: possui fontes, recantos místicos, estátuas, escadarias ladeadas de flores, espaços para festas ao ar livre, palcos e outros mimos para quem se dispõe  subir a serra e admirar os últimos remanescentes da Mata Atlantica.

Para coroar o passeio após minha Primeira Corrida Oficial (calma, foi só 05 km) a presença dos netos Rafael e João Guilherme, as filhas Mônica e Mariana ( também participantes da Corrida da TV ASA BRANCA/154 anos de Caruaru) e estas fotos para os  que acessam e incentivam o meu blog.






Dulce Lima

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Deus botou flores na terra e encheu os campos de flores



A passarada canta
Por dentro da verde rama
Como quem faz um programa
Daquela paisagem santa.
Festeja também a planta
Dos homens agricultores
Que receberam louvores
Da mão de Deus que não erra.
" Deus botou chuva na terra
E encheu os campos de flores."( Odilon Nunes)


Com a chuva tudo ganha nova vida, outros ares, e o poeta assim declama:

Em toda manhã chuvosa,
Voa pela caatinga,
Faz do bico uma seringa
Prá dar injeção na rosa.
Acha a rosa tão cheirosa
Que se embeleza da cor;
Parece que aquele odor
Perfuma sua existência:
O colibri busca essência
No colo virvem da flor.   ( João Paraibano)




A natureza, vez por outra, teima em nos castigar como um mote que diz: "A Natureza tomou/ tudo quanto tinha dado". Mas, não é regra geral. Na maioria das vezes ela nos brinda com grandes surpresas.



E que surpresa,  quando vem justamente com uma estrofe do saudoso poeta Zeto de Bia:
"Passarim, rosa e botão
Se entrelaçam no jardim.
E se a tarde mostra o fim
Vai pro ninho de algodão.
Esse teu jeito é tão
Parecido com amor...
De longe mostra o calor,
Traz pra perto a existência,
Passarim que busca essência
No colo virgem da flor."



Do chão bruto e ressequido do sertão pode brotar flores diversas como se rasgassem o ventre da terra no parto feliz da NATUREZA.



Numa convivência harmoniosa, as flores, as  outras plantas e os animais comungam do mesmo ambiente sem queixas nem desavenças debaixo de um  céu sempre azul..




Muitas  flores aqui chegaram trazidas por mãos zelozas. Outras,  são nativas.Estas, jamais recuaram diante da supremacia de outras flores que embelezam o ambiente no campo ou na cidade. São flores silvestres, das quais nem se sabe o nome verdadeiro. Só os botânicos podem nos dizer. No entanto, elas têm diversidade de cores e perfumes e a beleza suave e perene da flora sertaneja.  São lindas, despretensiosas e nunca estiveram  em ramalhetes festivos.



As flores  de gitirana  e muçambê,  as pastas d'água, nessa manhã de inverno,  enfeitam o rio que passa cantando nos batentes da pequena barragem  à procura de outras fontes,  na direção do Rio Pajeú.



Eu vi as flores tão bonitas do pau d'arco
Fazendo marco nas terras do meu sertão.
É tão cheiroso como cheiro de jurema.
Lindo poema com cheiro de sedução.

A seca chega e as flores se vão embora
A planta chora com lágrimas de solidão,
Como a morena que saiu bem de mansinho,
Deixando espinho, furando meu coração.

 Mas quando a chuva regressa pra minha terra,
Vou ver na serra as lindas flores com botão.
Como estas flores, ela volta novamente
Na chama ardente da mais terrível paixão.          (Zé de Mariano)



( Fotos tiradas no Sítio Pocinhos, Tabira PE, em 08/05/2011)

sexta-feira, 6 de maio de 2011

A MÃE E AS ESTRELAS NA CRIAÇÃO DO MUNDO
Depois de um sol sem nuvens com brisa suave, chovia muito naquele entardecer do sexto dia em que Deus terminara a Criação do Mundo. Ele estava cansado, mas feliz pois viu que a sua obra como Arquiteto Universal jamais seria destruída pela ação do tempo.
O céu bordado de estrelas, o mar de peixes, a terra cheinha de gente, a fauna e a flora com os saberes e os mistérios que há nos rios, nas pedras, nos vulcões soltando faíscas e nos planetas como  imensa roda-gigante sem jamais descarrilar...Enfim, toda NATUREZA  experimentava seus primeiros e bem coordenados passos diante do Criador.
E DEUS, antes de descansar no sétimo dia, ergue as mãos e abençoa toda a Criação.
Não demorou muito e logo uma pequena estrela num faiscar nervoso, após saudar o Criador do Mundo, ensaia logo uma reclamação:
_SENHOR DEUS, é tudo muito bonito, confesso que pasmei de tanta beleza; e o firmamento é o meu carrossel de brinquedos. No entanto, eu me sinto perdida nesse imenso globo celestial. Como não ter medo da bravura do mar, da carranca dos rochedos, dos astros espalhando terremotos, da chuva que traz dilúvio, do ar que só fala em vendaval? Afinal, eu sou tão pequena...
DEUS em sua infinita sabedoria assim responde:
_Sossega, estrelinha. Todas as coisas criadas e até as que estão por vir terão não só o meu olhar de PAI abençoando tudo. Elas terão também o afago, o carinho, o olhar cuidadoso e o amor daquela a quem chamaremos de MÃE.
Diante das mães, o mar é onda suave que vem beijar seus pés.
Por ela, o sol se abranda.
A rocha é  santuário enfeitando o horizonte.
A terra se veste de flores.
 O vento seca as lágrimas.
E numa esteira de luz, o paraíso é teu..
Escuta bem, estrelinha:
Terás a partir de hoje a nobre e santa missão de brilhar junto com elas – AS MÃES.  Assim,  ordena  o nosso Deus.
E desde então, não há como separar a MÃE _  das estrelas:
MÃE é luz que brilha mesmo na escuridão.
MÃE e ESTRELA se harmonizam de tal forma que navegam unidas na galáxia eterna de nossos corações.
Na terra ou no céu, perto ou distante, haverá sempre uma ESTRELA-MÃE a nos proteger no aconchego dos seus braços.


Dulce Lima, no Dia das Mães, em o8  de Maio 2011, Tabira PE
Com um abraço carinhoso para as mães tabirenses e as mães do mundo inteiro.
 

domingo, 1 de maio de 2011

Uma viagem cercada pelo encanto das flores

Arco do Triunfo,Paris,França,2011

Dessa vez minha intenção foi rever lugares inesquecíveis, olhar com mais atenção os monumentos,museus, parques,  jardins, praças, ruas medievais e mercados de Paris, Bordeaux e Saint  Emillion na França; Madri, Toledo e Barcelona, na Espanha.
De tudo o que vi e revi aprendi que a Cultura não tem divisas. É patrimônio a ser preservado por toda a humanidade.

Paris é sempre uma grata surpresa.É festa de luz, cores e perfumes.
Ver uma Maratona em Paris com partida e chegada no Arco do Triunfo e tendo filho e amigos participando desse evento,  é emoção  pra toda vida.
E o rio Sena traz a poesia de um final de tarde na “ponte dos cadeados!”.

Bordeaux é pura sedução. Ornada pelo Rio Garonne, esta cidade respira história e se orgulha de fabricar os melhores vinhos da Europa e talvez do mundo.
Saint Emillion,próxima a Bordeaux possui um dos maiores parrerais da França. Cultiva a uva para a fabricação de três tipos de vinhos de acordo com cada solo ali existente. Saint Emillion é uma cidadezinha que parece perdida entre os parrerais , mas com cenários de arrepiar: igrejas construídas com pedras, mosteiros, ruas que parecem dormir num sonho medieval. Jamais vou esquecer que estive lá.
De Bordeaux a Madri, fomos de trem, o que além de vermos paisagens interessantes, tínhamos a oportunidade de bater um papo descontraído com os maratonistas e amigos pernambucanos  que nos acompanhavam desde a Maratona de Paris.
Já na Espanha, Madri é calma, espaçosa, tranquila. Os espanhóis assemelham-se aos brasileiros pela alegria e amor ao futebol. Valeu muito conhecer a Plaza Maior, a feira de Rastro, o Palácio Real, o Estádio Santiago de Bernabeu (Real Madri),  e outros monumentos que contam a historia desta bela capital.

Toledo, Santo Deus! Como é que pode ser tão diferente e tão linda ao mesmo tempo?
Três culturas por ali passaram: a muçulmana, a judáica e a católica, vivendo em harmonia; razão portanto de tantos monumentos preservados, o que lhe garantiu o título de “Cidade Patrimônio da Humanidade”.
O Rio Tejo, testemunha de grandes e históricas navegações, é beleza de tirar o fôlego quando olhamos  a paisagem da estrada sinuosa bem próxima  aos rochedos que  cercam esta cidade, pátria do pintor El Greco.
O que dizer de Barcelona, berço e orgulho do povo catalão?
É moderna, eufórica, vibrante, cosmopolita...Mas é também guardiã do passado ao preservar e valorizar principalmente as obras do famoso arquiteto Gaudi que ainda hoje são admiradas e intrigam arquitetos do mundo inteiro.
Cansada dos muitos “cliques” de turista às vezes distraída, resolvi fotografar as flores que me chamassem a atenção durante o percurso Paris/Barcelona. Afinal, poeta tem dessas coisas...  
E pra começar, nada melhor que homenagear a nossa querida Pátria,( É tão bom estar em casa!) através deste poema de Castro Alves escrito em 1870 ( ha 141 anos). Isto prova que poesia não tem idade... e que a beleza da flor é eterna em sua fugacidade.

AS DUAS FLORES
São duas flores unidas,
São duas rosas nascidas
Talvez no mesmo arrebol,
Vivendo no mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho,
Do mesmo raio de sol.
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Unidas... Ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver, qual vive esta flor.
Juntar as rosas da vida
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor!
                 ( Poeta Castro Alves, 1870)


 Paris,2011


Paris, 2011
Bordeaux, França, 2011

Bordeaux, França, 2011


Saint Emillion,França 2011
Parque Retiro,MADRI 2011


Toledo,Espanha 2011

Barcelona,Espanha,2011

Barcelona,Montjuic,Espanha,2011


Após essa foto, no final da viagem em Barcelona, lembrei-me da estrofe de um hino religioso que diz assim:
     " Fica sempre um pouco de perfume
Nas mãos que oferecem rosas
          Nas mãos que sabem ser generosas".


Que haja sempre em nossas vidas o encanto e a poesia das FLORES.